sábado, 26 de dezembro de 2009

Momento de Poesia: "Poema Literal"

Pensei em escrever-te um poema,
Mas fiquei sem saber o que dizer

Não é fácil, quando a minha pulsação aumenta
E o coração parece querer rebentar
O que claro que não poderia acontecer,
Senão morreria de hemorragia
Interna

Os teus olhos brilham castanhos
É a cor do chocolate
E a cor da lama também
E é a cor do meu gato
E de outras coisas também

E os teus lábios são doces
O que é uma metáfora que achei bonita,
Porque os lábios não são doces
Sabem a saliva,
E a saliva é insonsa

Tens os cabelos suaves
Usas amaciador?
Tenho a certeza que sim
Não uses todos os dias, no entanto
Porque os especialistas aconselham a não lavar o cabelo
Todos os dias
Porque o teu coro cabeludo produz secreções especializadas
E importantes
Que se lavares o cabelo todo o dia
Se desvanecem

Como descrever o que me fazes sentir?
Nem sei, é complicado
É como se o meu organismo
Em constante digestão
Digerisse um grande almoço
Que tanto me satisfez
E agora me dá vontade de dormir
E sonhar contigo, claro

Gosto do teu cheiro,
É bom, é delicado,
Como o aroma de uma rosa
Só que com um toque de suor,
Porque não és uma flor, és uma pessoa
E indicador de que tens um sistema imunitário complementar com o meu
E por isso os nossos filhos,
Sejam meninos ou meninas,
Terão fortes anticorpos

Ah, quando sonho contigo,
A propósito,
Sonho que estamos sozinhos numa praia
E tu me beijas
E de seguida elogias
A minha higiene oral
Porque é boa

Ninguém te ama tanto assim,
Como eu,
Podes crer
Por favor, vem ter comigo
Já sabes a minha morada,
Disse-ta no outro dia
Acho que escreveste na tua agenda
Ao lado do número que aquele rapaz musculado
Te disse ao ouvido

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